O anúncio do Governo Estadual, no último sábado (13.06), informando que a região de Caxias do Sul, na qual Antônio Prado está incluída de acordo com as regras do sistema de distanciamento controlado, foi uma surpresa para os gestores municipais pois os números relacionados à transmissão pelo Covid-19 em Antônio Prado não refletem a necessidade de troca da bandeira laranja para a vermelha.
Dada esta situação, o Prefeito Municipal, desde as primeiras horas deste domingo (14.06), se manteve mobilizado na busca de um levantamento detalhado sobre a situação do município e região, tendo sido às 16 horas realizada uma vídeo-conferência com os prefeitos dos municípios integrantes da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (AMESNE).
O principal questionamento durante a reunião foi a alteração, na semana passada, do método científico utilizado pelo Governo Estadual para estabelecer as cores das bandeiras. O método anterior monitorava o estágio do vírus em cada região onde eram contabilizados os infectados, curados e as vagas de UTI disponíveis, e essa mudança no método impulsiona a região de forma inconsequente para as maiores restrições impostas pela bandeira vermelha.
A inconsistência do novo método, segundo o Prefeito de Antônio Prado, está clara quando se compara a região de Caxias do Sul, que possui 74% de ocupação das UTI’s e recebe bandeira vermelha; região de Pelotas possui 81,4% dos leitos de UTI ocupados e está sob bandeira amarela, e a região calçadista de Novo Hamburgo com 92,2% e com bandeira laranja.
Um dos encaminhamentos das reuniões realizadas pelos prefeitos da região durante o dia de hoje foi a redação de uma carta dirigida ao Governador do Estado declarando a insatisfação e falta de clareza nos critérios adotados para impor as cores das bandeiras na região e o pedido de volta da utilização dos critérios anteriores para estabelecer as restrições.
A carta também cobrará a presença do Estado no financiamento de leitos de UTI pois os municípios vêm cumprindo sozinhos com todos os protocolos impostos pelo Governo Federal e Estadual, o que resulta na atual disponibilidade de 193 leitos de UTI na região, além da ampliação, a partir da semana que vem, de novos 26 leitos, sendo eles:
- 10 no Hospital Pompéia, de Caxias do Sul;
- 5 no Hospital São Carlos, de Farroupilha;
- 8 no Hospital São Miguel, de Gramado;
- 3 no Hospital Tacchini de Bento Gonçalves.
Com esses novos leitos diminuirá para 65% a taxa de ocupação atual, índice que colocaria a região na bandeira laranja. Vale lembrar que Antônio Prado, com apenas 3 casos confirmados, sendo 2 já recuperados, tem se destacado no combate à pandemia e foi o primeiro município do estado a implementar o modelo de Hospital de Campanha.
Amanhã pela manhã (15.06), o prefeito se reunirá com lideranças da saúde, infectologistas e demais profissionais ligados ao enfrentamento do novo coronavírus para obter dados técnicos do município e da região e na parte da tarde uma reunião com o comitê ampliado de crise, no gabinete municipal, para debater e informar as ações que vêm sendo tomadas.
As obrigações legais forçam o município a seguir o decreto promulgado pelo Estado, porém a municipalidade trabalhará com a expectativa de reverter a decisão imposta. Em defesa da cidade, Juarez afirma que a população de Antônio Prado tem sido participativa e unida nos esforços e precauções contra o Covid-19, e esse papel adotado pela sociedade pradense mostra a responsabilidade de cada cidadão e a consciência coletiva, evidenciando, desta forma, que o município não se encaixaria no novo critério determinado pelo Governo do Estado.
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